Eduardo Teixeira COELHO
Argumentista, Desenhador
(Portugal) Angra do Heroísmo, 4 de Janeiro de 1919 - (Itália) Florencia, 31 de Maio de 2005
(Portugal) Angra do Heroísmo, 4 de Janeiro de 1919 - (Itália) Florencia, 31 de Maio de 2005
Nascido nos Açores, Eduardo Teixeira Coelho foi para o continente aos 11 anos, onde publica o seu primeiro trabalho - uma sequência cómica em quatro vinhetas - no Sempre Fixe de 16 de Abril de 1936. Trabalha em publicidade e como ilustrador e, em 1943, torna-se um dos fiéis e mais marcantes colaboradores de O Mosquito, uma famosa revista infantil portuguesa. Foi aqui que, segundo Leonardo de Sá e António Dias de Deus (no Dicionário dos Autores de Banda Desenhada e Cartoon em Portugal), Coelho "alcança a mestria total na ilustração de novelas com carácter histórico, moderno ou fantástico". Foi no O Mosquito que, quase sempre a trabalhar com o argumentista Raul Correia, publica algumas das suas obras mais conhecidas, tais como Os Guerreiros do Lago Verde (1945), Os Náufragos do Barco sem Nome (1946), Falcão Negro (1946-1949), O Caminho do Oriente (1946-1948), Sigurd, o Herói (1946), A Lei da Selva (1948), Lobo Cinzento (1948-49), A Torre de D. Ramires (1950), O Defunto (1950), O Suave Milagre (1950), Os Doze de Inglaterra (1950-1951) e A Aia (1952).
Com o fim de O Mosquito, em 1953, desempregado e pouco contente com as limitações que o Estado Novo impunha ao seu trabalho, Eduardo decide emigrar em 1954.
Passa por Espanha, onde participa na revista Chicos, e por Inglaterra, tendo-se fixado em França, onde colabora com as revistas Vaillant, Pif Gadget, Pipolin e Pirates. Publica sobretudo usando o pseudónimo Martin Sièvre e trabalha com os argumentistas Jean Ollivier e Roger Lécureux, criando várias personagens localizadas no mundo viking. Entre as séries mais conhecidas deste período (algumas publicadas posteriormente em Portugal no Mundo de Aventuras), encontram-se Ragnar o Viking (1955-1969), Davy Crockett (1957), Wango (1957), Yves o lobo (1960-1961), Biorn o Viking (1962-1968), Cartouche (1964-1966), Robin dos Bosques (1969-1975), Le Furet (1975-1976), Érik, o Vermelho (1976-1977) e Ayak, o lobo branco (1979-1984).
O estilo de Eduardo Coelho, "inicialmente límpido e fluente", evolui, de acordo com Leonardo de Sá e António Dias de Deus, "gradualmente para uma forma mais estática e carregada de detalhes". Radica-se em Itália desde o início da década de 70, tendo recebido em 1973, no Salão Internacional de Lucca, o prémio Yellow Kid, para o melhor desenhador estrangeiro. Redescoberto em Portugal, com várias reedições e traduções, foi-lhe atribuído o Mosquito Especial em 1986 e, ainda, o Grande Troféu do Festival Internacional da Amadora em 1997.
Em 1998, de 23 de outubro a 8 de novembro, esteve patente uma grande exposição dos seus originais, na Galeria dos Paços do Concelho, na Amadora, com a sua presença.
No dia 31 de Maio de 2005, aos 86 anos, Eduardo morre na cidade em que residia, Florença.
Adaptado de Wikipedia
Com o fim de O Mosquito, em 1953, desempregado e pouco contente com as limitações que o Estado Novo impunha ao seu trabalho, Eduardo decide emigrar em 1954.
Passa por Espanha, onde participa na revista Chicos, e por Inglaterra, tendo-se fixado em França, onde colabora com as revistas Vaillant, Pif Gadget, Pipolin e Pirates. Publica sobretudo usando o pseudónimo Martin Sièvre e trabalha com os argumentistas Jean Ollivier e Roger Lécureux, criando várias personagens localizadas no mundo viking. Entre as séries mais conhecidas deste período (algumas publicadas posteriormente em Portugal no Mundo de Aventuras), encontram-se Ragnar o Viking (1955-1969), Davy Crockett (1957), Wango (1957), Yves o lobo (1960-1961), Biorn o Viking (1962-1968), Cartouche (1964-1966), Robin dos Bosques (1969-1975), Le Furet (1975-1976), Érik, o Vermelho (1976-1977) e Ayak, o lobo branco (1979-1984).
O estilo de Eduardo Coelho, "inicialmente límpido e fluente", evolui, de acordo com Leonardo de Sá e António Dias de Deus, "gradualmente para uma forma mais estática e carregada de detalhes". Radica-se em Itália desde o início da década de 70, tendo recebido em 1973, no Salão Internacional de Lucca, o prémio Yellow Kid, para o melhor desenhador estrangeiro. Redescoberto em Portugal, com várias reedições e traduções, foi-lhe atribuído o Mosquito Especial em 1986 e, ainda, o Grande Troféu do Festival Internacional da Amadora em 1997.
Em 1998, de 23 de outubro a 8 de novembro, esteve patente uma grande exposição dos seus originais, na Galeria dos Paços do Concelho, na Amadora, com a sua presença.
No dia 31 de Maio de 2005, aos 86 anos, Eduardo morre na cidade em que residia, Florença.
Adaptado de Wikipedia
Bibliografia portuguesa:
Ayak, Biorn o Viking, Cartouche, Davy Crockett, Erik o Vermelho, Descoberta do Mundo (A), Falcão Negro, Ragnar, Robin dos Bosques, Wango, Yves o Lobo
- Os guerreiros do lago verde, 1945, O Mosquito (1ª série) #600 a #631; Cadernos da BD (2ª série) #5
- Os náufragos do barco sem nome, 1946, O Mosquito (1ª série) #681 a #710; Jornal do Cuto #19 a #44
- A moura e a fonte, 1946, O Mosquito (1ª série) #128 a #139; Jornal do Cuto #55 a #60
- A moura e o dragão, 1946, Coelho e Raúl Correia, O Mosquito (1ª série) #140 a #151; Jornal do Cuto #44 a #54
- O grande rifle branco, 1946, O Mosquito (1ª série) #685 a #703
- O feitiço do homem branco, 1946, O Mosquito (1ª série) #704 a #713
- O caminho do Oriente 1946, Coelho e Raúl Correia, O Mosquito (1ª série) #749 a #941; Jornal do Cuto #73 a #108; Álbum Editorial Futura (6 vol.) [1983]
- Sigurd, o herói, 1947, O Mosquito (1ª série) #769 a #782; Jaguar #6
- O mensageiro, 1948, O Mosquito (1ª série) #893 a #903; Jaguar #6
- A lei da selva, 1948, O Mosquito (1ª série) #904 a #943; Jornal do Cuto #9 a #43
- Lobo cinzento, 1949, O Mosquito (1ª série) #945 a #1000; Jornal do Cuto #61 a #85
- A moura e o mar, 1949, O Mosquito (1ª série) #1002 a #1020
- A morte do lidador, 1950, O Mosquito (1ª série) #1099 a #1111; Jornal do Cuto #1 a #13
- A torre de D. Ramires, 1950, Coelho e Raul Correia, O Mosquito (1ª série) #1113 a #1156; Jornal do Cuto #45 a #87; Álbum Editorial Futura [1989]
- O defunto, 1950, O Mosquito (1ª série) #1157 a #1187
- O suave milagre, 1950, O Mosquito (1ª série) #1188 a #1200; Álbum CPBD; Almanaque O Mosquito de 1984
- Os doze de Inglaterra, 1951, Coelho e Raul Correia, O Mosquito (1ª série) #1201 a #1306; Jornal do Cuto #86 a #109*
- A patrulha do Sul, 1952, Coelho e Raul Correia, O Mosquito (1ª série) #1309 a #1312*
- O tesouro, 1952, O Mosquito (1ª série) #1375 a #1381; Jornal do Cuto #12 a #18
- A aia, 1952, O Mosquito (1ª série) #1382 a #1387
- S. Cristóvam, 1953, O Mosquito (1ª série) #1388 a #1412*
- Till Ulenspiegel - O rebelde dos países baixos (Till Ulenspiegel), 1956, Falcão (1ª série) #1 a #25
- Este sábado 18 (Ce samedi 18), 1957, Almanaque O Mosquito de 1987
- A consoada de Candy Sand (Le réveillon de Candy Sand), 1957, Selecções BD (2ª série) #26
- O torneio de Josselin (Le tournoi de Josselin), 1958, Falcão (1ª série) #12
- Os porcos de Lencastre (Les cochons de Lencastre), 1959, Falcão (1ª série) #59
- O desafio (Le défi), 1964, O Mosquito (5ª série) #1
- A corrida de Forte Chadbourne (La course de Fort Chadbourne), 1964, Almanaque O Mosquito de 1986
- O chacal dos mares (Le chacal de la mer), 1964, O Mosquito (5ª série) #2
- A fortaleza invencível (La forteresse imprenable), 1968, Coelho e Rieu, Almanaque O Mosquito de 1985
- A viagem das quedas (Le voyage des chutes), 1975, O Mosquito (5ª série) #4
- A aparição de Fátima, 1985, Álbum Editorial Futura [1985]; Álbum Meribérica [2001]
- Decameron (2 volumes), 1989, Álbum Editorial Futura [1988]
- Contos de Eça de Queiroz, 1993, Coelho e J.C.Teixeira, Álbum Vega [1972]
- Franco Sacchetti - Nobela LXIV, 1998, Selecções BD (2ª série) #1
- Um motim popular - Franco Sachetti Novela CLIX, 1999, Selecções BD (2ª série) #6
- Senaquerib, rei da Assíria,1999, Selecções BD (2ª série) #12
- O rei do bosque, 2000, Selecções BD (2ª série) #22
- A peste, 2001, Selecções BD (2ª série) #31