CARLOS ROQUE
Argumentista, Desenhador
(Portugal) Lisboa, 12 de Abril de 1936 - (Bélgica) Louvain, 27 de Abril de 2006
(Portugal) Lisboa, 12 de Abril de 1936 - (Bélgica) Louvain, 27 de Abril de 2006
Nasceu a 12 de Abril de 1936, em Lisboa, tendo feito o curso de Desenhador-Gravador-Litógrafo da Escola António Arroio. Cedo iniciou a sua actividade como aprendiz tipógrafo, desenhador litografo e ilustrador de publicidade em 1950, passando depois a trabalhar para agências e como independente. Ainda leitor, Carlos Santos Roque teve alguns desenhos publicados em O Mosquito e O Mundo de Aventuras, em 1951, e mais tarde na Joaninha (2ª série). Foi maquetista, desenhador e paginador das publicações O Século, O Século Ilustrado, Modas & Bordados, Vida Mundial. Trabalhou também na agência de publicidade de Ruy Manso. As suas primeiras histórias aos quadradinhos apareceram no Camarada (2ª série) em 1959, onde assinou também sob o pseudónimo "Tibúrcio", nomeadamente as "Tropelias do Malaquias". Para esta editora realizou diversas capas, tendo sobretudo tido o seu próprio álbum O Cruzeiro do Caranguejo publicado em 1964, em três edições, depois da publicação da história naquela revista da Mocidade Portuguesa. Entretanto, colaborara já com o estúdio Publiart, das Éditions du Lombard, realizando várias tiras publicitárias em banda desenhada, assim como depois para a Publiart-Jeunesse.
Instalado mais definitivamente na Bélgica desde 1964, trabalhou no departamento de publicidade da revista Tintin, fazendo também aí algumas curtas BD com argumentos de Yves Duval. A partir de Novembro de 1965, começou no Spirou belga (com bandas desenhadas e também com maquetização e paginação da revista e outras edições Dupuis), onde foi também editado "O Cruzeiro do Caranguejo" em 1979.
Colaborou ainda na edição flamenga dessa publicação, Robbedoes, depois de 1983. A série "Angélique", igualmente produzida no Spirou belga (1968-71), teve desenhos seus e histórias de Monique Roque (por vezes argumentos de Raoul Cauvin e de Charles Jadoul), de que houve traduções no suplemento Pim-Pam-Pum!, de O Século, e na 2a série do Spirou português. Ainda com argumentos de sua esposa, Monique, surgiu em 1969 uma outra criação para essa revista: o pato "Wladimyr", com o qual obteve em Bruxelas o prémio Saint-Michel, em 1976. Algumas pranchas desta série foram depois publicadas na 2ª série de Selecções BD, a partir de 1998. Carlos Roque teve participação na revista O Mosquito (5ª série) e no Almanaque O Mosquito da mesma altura. Regressado a Portugal de forma mais perene em 1987, pouco antes da crise da famosa publicação flamenga Spirou, executou capas e arranjos gráficos para a Bertrand e outras editoras, e ainda realizou a solo o suplemento TV Guia Júnior, em 1996-97, para o semanário de televisão TV Guia, com passatempos e com várias reedições de BDs de sua autoria. Encontramos também colaborações suas na revista Rua Sésamo, ainda da TV Guia Editora, a fechar o século XX. Manteve sempre os contactos e as edições na Bélgica, participando nomeadamente na série "Balise à Cartoons" da revista Spirou, a partir de 2000. Faleceu em Louvain, no país que o adoptou, a 27 de Julho de 2006.
Leonardo de Sá in O Louletano, 17 de Novembro de 2008
Instalado mais definitivamente na Bélgica desde 1964, trabalhou no departamento de publicidade da revista Tintin, fazendo também aí algumas curtas BD com argumentos de Yves Duval. A partir de Novembro de 1965, começou no Spirou belga (com bandas desenhadas e também com maquetização e paginação da revista e outras edições Dupuis), onde foi também editado "O Cruzeiro do Caranguejo" em 1979.
Colaborou ainda na edição flamenga dessa publicação, Robbedoes, depois de 1983. A série "Angélique", igualmente produzida no Spirou belga (1968-71), teve desenhos seus e histórias de Monique Roque (por vezes argumentos de Raoul Cauvin e de Charles Jadoul), de que houve traduções no suplemento Pim-Pam-Pum!, de O Século, e na 2a série do Spirou português. Ainda com argumentos de sua esposa, Monique, surgiu em 1969 uma outra criação para essa revista: o pato "Wladimyr", com o qual obteve em Bruxelas o prémio Saint-Michel, em 1976. Algumas pranchas desta série foram depois publicadas na 2ª série de Selecções BD, a partir de 1998. Carlos Roque teve participação na revista O Mosquito (5ª série) e no Almanaque O Mosquito da mesma altura. Regressado a Portugal de forma mais perene em 1987, pouco antes da crise da famosa publicação flamenga Spirou, executou capas e arranjos gráficos para a Bertrand e outras editoras, e ainda realizou a solo o suplemento TV Guia Júnior, em 1996-97, para o semanário de televisão TV Guia, com passatempos e com várias reedições de BDs de sua autoria. Encontramos também colaborações suas na revista Rua Sésamo, ainda da TV Guia Editora, a fechar o século XX. Manteve sempre os contactos e as edições na Bélgica, participando nomeadamente na série "Balise à Cartoons" da revista Spirou, a partir de 2000. Faleceu em Louvain, no país que o adoptou, a 27 de Julho de 2006.
Leonardo de Sá in O Louletano, 17 de Novembro de 2008
Séries
Angelique, Malaquias, Wladymir
One-shots
- O cruzeiro do caranguejo, 1963, Camarada (2a série) #1 a #26/6º ano, Álbum Camarada [1964], TV Guia
- Sejam bons para os bichinhos (Soyez bons pour les animaux), 1966, Carlos Roque e Yves Duval, Tintin #8/1º ano
- O fenómeno da publicidade (Le phénomène de la publicité), 1966, Carlos Roque e Yves Duval, Tintin #16/1º ano
- Os passarocos de Manfredo Ycxkcoc, 1984, Carlos Roque e Monique Roque, O Mosquito (5a série) #3